UFPB vai à Brasília para recuperar recursos

A Universidade Federal da Paraíba (UFPB), representada pela reitora Margareth Diniz, discutirá corte de mais de R$ 100 milhões no orçamento das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) paraibanas com o ministro da Educação Abraham Weintraub. A audiência pública, a fim de reverter a medida, será realizada nesta quinta-feira (30), a partir das 16h, em Brasília.

A agenda é resultado de reunião na manhã desta segunda (27), de comissão da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) formada pelos reitores da UFPB, da Universidade Federal da Campina Grande e do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), respectivamente Margareth Diniz, Vicemário Simões e Cícero Lopes; pelos 12 deputados e três senadores da bancada federal paraibana e pelos 36 deputados estaduais. O encontro ocorreu na Casa Epitácio Pessoa, no Centro de João Pessoa.

“Estaremos lá. Vamos mostrar os desafios, avanços, perspectivas, problemas e, sobretudo, nosso orçamento. É fundamental que os recursos sejam repassados para que as nossas ações não sejam suspensas. De modo geral, as Ifes só terão como se sustentar até final de setembro”, adiantou a gestora. A comissão da ALPB foi criada em audiência pública no dia 15 deste mês, no mesmo em que ocorreu paralisação nacional das Ifes contra cortes na educação.

De acordo com a reitora, este bloqueio de recursos compromete o pagamento de energia elétrica, água, telefonia, compra de material para setores e laboratórios, bolsas de iniciação científica e de extensão, estagiários. “Talvez, com esta medida, a sociedade brasileira teve a oportunidade de conhecer a real universidade federal que possui. Agora, entende a nossa importância e tem ciência do que podemos fazer por ela”.

O corte no orçamento das Ifes de todo o país foi anunciado em 30 de abril deste ano, pelo Governo Federal, por meio do Ministério da Educação. Especificamente na UFPB, o corte foi de R$ 44.742.865,00 de recursos de custeio e de R$ 5.645.537,00 oriundos de emendas da bancada federal da Paraíba, que totalizam um bloqueio de 32,75% no orçamento da instituição para este ano. 

Ascom/UFPB