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Projeto atua na prevenção ao câncer de mama
O câncer de mama é o tipo da doença mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo, correspondendo a cerca de 29% dos casos novos a cada ano no país. Em 2017, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), cerca de 17 mil pessoas morreram por conta da enfermidade.
Muitos fatores influenciam a evolução das células cancerígenas, como obesidade e sobrepeso após a menopausa, consumo excessivo de bebida alcoólica, primeira menstruação antes de 12 anos. Segundo a professora do curso de Enfermagem, Cintia Costa, “as principais estratégias de combate ao câncer de mama incluem mudanças em hábitos de vida e também a realização da mamografia anualmente para as mulheres a partir dos 40 anos”, detalha.
O projeto de extensão Se toque para vida: ações para prevenção e rastreamento do câncer de mama e colo do útero, coordenado por Cíntia Costa, é desenvolvido semanalmente em unidades de saúde da família em João Pessoa. Nas atividades de educação em saúde, as mulheres são incentivadas a realizar autoexame das mamas mensalmente e orientadas sobre a importância da realização da mamografia a partir dos 40 anos.
“O objetivo do projeto é tentar prevenir o câncer de mama a partir da promoção da saúde no que concerne às mudanças de hábitos de vida, como também detectar precocemente as lesões malignas para melhorar o prognóstico da doença.”, detalha a professora.
Para 2019, foram estimados 880 novos casos de câncer de mama somente na Paraíba.
A estudante de Contabilidade Hadrya Rodrigues descobriu a enfermidade com 27 anos. “Eu fiquei devastada, porque eu não aceitava que aquilo estava acontecendo comigo.”, pontua.
Em novembro de 2018, iniciou o tratamento. A estudante realizou o procedimento de mastectomia na mama esquerda e o esvaziamento da axila. De acordo com Hadrya, a informação é necessária para as mulheres se cuidarem. “Acho muito importante a conscientização, porque dizem que câncer de mama só acontece depois dos 40 anos, mas no meu caso começou aos 25 e se confirmou aos 27”, relata.
A operadora de telemarketing Laudiceia Santos, descobriu que tinha câncer de mama após passar um ano sem realizar os exames de rotina. Com 42 anos após fazer um autoexame e identificar algo diferente na sua mama direita, procurou o médico, fez uma bateria de exames e a biópsia, que foi decisiva para o fechamento do diagnóstico.
“O nosso mundo se apaga, é como se fechasse uma cortina. É uma experiência terrível, porque você não tem perspectiva”, afirma Laudiceia. Ela fez a mastectomia completa da mama direita em 2017, e o seu tratamento durou cerca de dez meses, entretanto, até hoje toma medicamentos. Laudiceia reitera a relevância do autoconhecimento. “Se eu não conhecesse o meu corpo, eu não teria pedido socorro”, destaca.
Iasmin Soares