Baixão

(A foto ilustrativa não possui data precisa).

Baixão s.m. Também conhecido como contra-fagote por soar uma oitava abaixo do fagote. Mário de Andrade (1989: 40) registra o uso e fabricação pelos povos originários brasileiros no séc. XVII. Sua utilização, provavelmente, ocorreu a serviço da corte ou em festas religiosas católicas.

Oneyda Alvarenga anotou que seu uso pelos catequizados foi registrado pelo padre Simão de Vasconcelos: "São afeiçoados à música, e os que são escolhidos para cantores da igreja prezam-se muito do ofício" e nos instrumentos destacam-se nos de sopros tais como:  "charamelas, flautas, trombetas, baixões, cornetas e fagotes." (Alvarenga 1982: 17).

Com base na atualização de Montagu (2011)[1] e na ilustração, sem data, o Baixão poderia ser classificado como 4.2.2.1.1.1.2, por se tratar de um aerofone (4), pois o ar é a matéria vibrante, cujo som é provocado pelo sopro do executante (4.2), que obtém o acesso intermitente através de palheta (4.2.2), no caso, uma palheta dupla (4.2.2.1), do tipo oboé (4.2.2.1.1), com corpo cilíndrico (4.2.2.1.1.1) e orifícios para os dedos (4.2.2.1.1.1.2).

Alice Satomi; Gabriel Sena

Referências

Andrade, Mário de. 1989. Dicionário musical brasileiro. Coord. Por Alvarenga, Oneyda e Flávia Toni. Belo Horizonte; Brasília; São Paulo: Itatiaia; Ministério da Cultura e Universidade de São Paulo.

Alvarenga, Oneyda. 1982. Música popular brasileira. 2. ed. São Paulo: Duas cidades.