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Tarawi

Instrumento de sopro, com palheta livre, encontrada entre o povo Kamayurá.
publicado: 17/08/2017 13h43, última modificação: 17/04/2018 18h24

Tarawi. Instrumento de sopro, com palheta livre. Sua composição, descrita por Rafael J. de Menezes Bastos (1986: 59-60), consiste em dois tubos de taquara, de 21 e 20 cm de comprimento, por 3,5cm de diâmetro, que são executados por dois tocadores, utilizando-se da técnica de alternância do Hoqueto, descrita anteriormente. Produz os sons Fá e Mi.

Sua palheta é inserida de forma idêntica à palheta da Takwara. “[...] resultante do seccionamento de tubo pequeno – é colocada longitudinalmente dentro dos tubos grandes” (Bastos id.).

Por ser instrumento de sopro, de palheta livre, tocado individualmente, segue a classificação 422.31.

É um instrumento executado em contexto de cerimônia e ritual, tocado em conjunto com três flautas Jaku-I, desenvolvendo-se a “polifonia (‘heterofonia’) conduzida pelo tocador central (sempre um ‘mestre de música’)”.

Ele é encontrado entre o povo Kamayurá, do tronco lingüístico Tupi, no Rio Batovi, área cultural do Alto Xingu, Mato Grosso.

 Rayssa Claudino de Melo

Referência:

Bastos, Rafael J. Menezes. 1986. Música, cultura e sociedade no alto-Xingu: A teoria musical dos índios Kamayurá. In: Revista de Música Latino americana, Vol. 7, No. 1 (Spring - Summer, 1986), pp. 51-80.  Austin: University of Texas.