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Tambor de Casco de Tartaruga

Idiofone, percutido diretamente por meio da fricção entre a palma da mão e o casco. Sendo classificado na posição 133.1 de acordo com a tabela do MIMO (2011)
publicado: 18/05/2016 11h33, última modificação: 25/04/2021 21h29

Tambor de Casco de Tartaruga s.m.  Idiofone percutido de forma direta, sendo ressonado por meio da fricção na parte superior do casco encerado com os dedos umedecidos, Pucci e Almeida (2017, p. 163) retrata em seu livro que o manejo é semelhante ao da cuíca. Magda também diz que para soar, o instrumento tem “os orifícios da cabeça e da cauda tapados com cera de abelha”. Izikowitz (1934, p. 161, apud Landa, p. 124-7) descreve a sonoridade do rangido da cera quente em contato com a palma úmida como “lúgubre e triste”. O instrumento é encontrado pelos Carajá na região do Rio Negro com o nome de purupuru, ûnhuri ou kuware, e na região do Amapá, entre os Apalai é chamado de puru puru ruweny. Sobre a função do instrumento pelos Carajá, Izikowitz diz que há uma escassez de informação, mas destaca uma fala das anotações feitas por Krause (p. 137), é usado “Quando os meninos vão para a floresta. Não consegui discernir se é sobre um ritual de consagração”. Para classificar esse instrumento, numeramos como 1 por se tratar de um idiofone, 3 pela sua maneira de tocar através da fricção, e 5 pelo componente orgânico, o casco da tartaruga, ser o material ressonador, sendo assim, se posicionaria como 133.1 na tabela do MIMO (p. 7, 2011).

 

Referências

Pucci, Magda; Almeida, Berenice. Cantos da floresta: iniciação ao universo musical indígena. São Paulo: Peirópolis, 2017.

IZIKOWITZ, Karl. Musical and Other Sound Instruments of the South American Indians. Outubro de 1934.

 

Eraldo Kelvin Brasil de Azevedo

Traduzido por Eraldo K. B. Azevedo