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Tambor de Casco de Tartaruga
Tambor de Casco de Tartaruga s.m. Idiofone percutido de forma direta, sendo ressonado por meio da fricção na parte superior do casco encerado com os dedos umedecidos, Pucci e Almeida (2017, p. 163) retrata em seu livro que o manejo é semelhante ao da cuíca. Magda também diz que para soar, o instrumento tem “os orifícios da cabeça e da cauda tapados com cera de abelha”. Izikowitz (1934, p. 161, apud Landa, p. 124-7) descreve a sonoridade do rangido da cera quente em contato com a palma úmida como “lúgubre e triste”. O instrumento é encontrado pelos Carajá na região do Rio Negro com o nome de purupuru, ûnhuri ou kuware, e na região do Amapá, entre os Apalai é chamado de puru puru ruweny. Sobre a função do instrumento pelos Carajá, Izikowitz diz que há uma escassez de informação, mas destaca uma fala das anotações feitas por Krause (p. 137), é usado “Quando os meninos vão para a floresta. Não consegui discernir se é sobre um ritual de consagração”. Para classificar esse instrumento, numeramos como 1 por se tratar de um idiofone, 3 pela sua maneira de tocar através da fricção, e 5 pelo componente orgânico, o casco da tartaruga, ser o material ressonador, sendo assim, se posicionaria como 133.1 na tabela do MIMO (p. 7, 2011).
Referências
Pucci, Magda; Almeida, Berenice. Cantos da floresta: iniciação ao universo musical indígena. São Paulo: Peirópolis, 2017.
IZIKOWITZ, Karl. Musical and Other Sound Instruments of the South American Indians. Outubro de 1934.
Eraldo Kelvin Brasil de Azevedo
Traduzido por Eraldo K. B. Azevedo