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Ta-pa-dê

É o único membranofone indígena registrado por Helza Camêu em sua obra “Instrumentos musicais dos indígenas brasileiros” de 1979.
publicado: 13/06/2016 09h08, última modificação: 17/04/2018 16h19
Imagem do ta-pa-dê
(retirada do livro de Helza Camêu)

Imagem do ta-pa-dê (retirada do livro de Helza Camêu)

Ta-pa-dê s.m. é o único membranofone indígena registrado por Helza Camêu em sua obra “Instrumentos musicais dos indígenas brasileiros” de 1979. A musicóloga descreve o instrumento com forma piriforme. Porém, tal classificação não é encontrada nas definições de Sachs Hornbostel. Observando a imagem do ta-pa-dê, a classificação que mais se aproximaria, seria de um membranofone percutido diretamente e semi-esférico, quando o corpo é abaulado ou em forma de cuia. É também, tocado separadamente. Dessa forma, poderia-se classificá-lo como 211.11.  

Helza Camêu (1979:31),  diz que a composição do ta-pa-dê, é um vaso de cerâmica coberto com cernambi, que é uma borracha de qualidade inferior. São formados, desenhos geométricos na parte superior do instrumento. 

Sua forma de tocar, se dá pela percussão de “uma pequena baqueta de madeira terminada, na extremidade de choque, com um coco. Tanto o tambor como a baqueta apresentam emplumação, particularidade que o inclui entre os instrumentos cerimoniais.”. (Camêu, 1979:31)

O exemplar registrado pela musicóloga, faz parte dos índios PAKÁA-NOVA, do grupo TXAKAPURA, que estão localizados no território de Rondônia, entre os ribeirões Pakáanova e Ouro Preto. 


Referência

Camêu, Helza. Instrumentos musicais dos indígenas brasileiros (catálogo da exposição). Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, Funarte. 1979. 

Gabriel da Rosa Seixas