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Equipe do Apoio ao Forró do Nuplar fará registro do Encontro de Folistas de Oito Baixos
Encontro de Folistas de Oito Baixos não somente é uma reunião de amigos, mas uma oportunidade de trocas de experiências entre esses músicos populares. Esse momento festivo, reproduz momentos de vivências de amigos e companheiros de profissão. São trabalhadores da cidade e do campo que tocam esse instrumento peculiar e da base matricial do forró, compartilhando experiências, histórias e repertórios. É a terceira vez que fazem esse encontro, sempre por meios próprios e de maneira privada e exatamente por isso é tão importante registrá-lo.
O fole de oito baixos, também chamado de pé-de-bode e concertina, no Sudeste é conhecido como gaita-ponto. Trata-se de um tipo de acordeon pequeno construído com 29 botões, sendo 21 na mão direita e 8 (baixos) na mão esquerda. É mais difícil de ser tocado do que a sanfona de teclas de 120 baixos porque é um instrumento que tem por característica ao se apertar os botões produzir uma nota, ao abrir o fole, e apertando os mesmo botões produzir uma outra nota ao fechar. Ele é tocado no Nordeste com duas afinações, a natural que é a que vem de fábrica e a mesma usada no Sudeste e Sul do Brasil e a afinação nordestina que é feita, geralmente por artesãos nordestinos que fazem essa mudança, chamada de transporte.
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A importância do fole de oito baixos se dá pelo fato dele estar inscrito na história do forró, sendo primeiro instrumento de muitos músicos famosos como Luiz Gonzaga, Dominguinhos e Sivuca, por exemplo, mas também por ser um dos principais instrumentos do forró instrumental com repertório próprio. Na Paraíba é importante também pelo notável sucesso de alguns músicos que chegaram a ter destaque nacional e que gravaram diversos discos, tornando-se referência para muitos outros músicos desse instrumento em todo o Brasil. São eles Zé Calixto, Geraldo Correia, Abdias, Bastinho Calixto e Luizinho Calixto.
A equipe do projeto, Henrique Sampaio (coordenador), Sarah Bricks (bolsista) mais Yan Hipólito, ex-participante e bolsista do Laboratório de Produção Musical Bate Coração, criado a partir de nossa ação extensionista e do pesquisador Fábian estarão reunidos nessa pesquisa de campo para registrar o encontro, identificar os músicos e fazer seus registros de campo. Será um momento importante para aplicar nossa metodologia de extensão e pesquisa, além de fazer registros fotográficos, audiovisuais e textuais de grande importância sobre esses instrumentistas na região do Seridó paraibano.
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