Extensão do Nuplar marca presença em Festival internacional

O projeto Apoio ao Forró: assessoramento aos movimentos de valorização do Forró tradicional iniciou nesse ano ações de internacionalização. A experiência acumulada no apoio às mobilizações junto aos Fóruns Forró de Raiz no Brasil para a obtenção do título de Patrimônio Cultural Brasileiro está sendo agora replicada em países da Europa, dessa vez, para obter o reconhecimento de Patrimônio Cultural Mundial. As palestras realizadas pelo pesquisador Henrique Sampaio sobre o processo de internacionalização do Forró e em conjunto com Joana Alves, coordenador nacional do Fórum Forró de Raiz, sobre as Matrizes Tradicionais do Forró como patrimônio Cultural, serviram como estímulo para a instalação de fóruns de forró para debater temas de interesse das comunidades forrozeiras em Lisboa e no continente europeu.

Ação extensionista do NUPLAR marca presença em festival internacional de Forró, apoiando a comitiva de forrozeiros brasileiros para angariar apoio ao pedido de Patrimônio Cultural Mundial para as Matrizes Tradicionais do Forró.

Essa é a segunda ação de internacionalização realizada no âmbito do projeto de extensão. A primeira aconteceu em maio, na cidade de Lille na França, com as participações de dois integrantes do projeto, Henrique Sampaio e Denize Barreto. Na ocasião realizaram conferências no Festival de Forró “Vamo que vamo”, tratando da organização das comunidades forrozeiras e da internacionalização da extensão universitária, respectivamente. Dessa vez, a palestra versou sobre a internacionalização do Forró e foi proferida na 14a edição do Festival Baião In Lisboa (BIL) ocorrido nos dias 08 à 11 de dezembro de 2023 e contou com tradução para o inglês.

 A comitiva brasileira do Fórum Forró de Raiz foi composta por Joana Alves, coordenadora nacional, por Henrique Sampaio, pesquisador do Nuplar (UFPB), pelo fotógrafo Leandro Atos, integrantes da Paraíba, pela cantora Deusa do Forró do Rio Grande do Norte e pelo maestro Marcos Farias e pelo sanfoneiro Luizão do Forró, ambos do Distrito Federal.

 A participação do pesquisador Henrique Sampaio, bem como de Joana e de Leandro Atos foi viabilizada por edital público da Secretaria de Cultura do Governo do Estado da Paraíba - SecultPB. Na ocasião das apresentações fizemos os agradecimentos à Secretaria e informamos ao público como exigido pelo edital, fazendo a seguinte citação: "Esta ação foi selecionada pelo Edital Arte na Bagagem de apoio à circulação artística, iniciativa do Governo da Paraíba, através da Secretaria de Estado da Cultura. Viva a arte paraibana!".

 O evento reuniu participantes de diversos países da europeus que foram ao evento para fazer aulas de dança, participar dos shows e das palestras. A sua divulgação foi feita através das redes sociais nos perfis de Instagram do evento e da mídia espontânea. Contou com a colaboração dos alunos da academia de dança e dos participantes do evento que divulgaram nas redes de comunicação das comunidades forrozeiras aos quais fazem parte.

 O público estimado foi de 500 pessoas por dia, tendo seu ponto alto nos shows-baile realizado no salão da Voz do Operário, no Centro de Lisboa. O salão que tem capacidade para 2 mil pessoas chegou a ter metade ocupado. Apresentaram-se nesse dia, a cantora paraibana, radicada em São Paulo, Bernadete França e o violinista francês Nikolas Krassik.

 O Festival se colocou no roteiro dos mais festejados e de maior público da Europa. Ele atrai o interesse dos alunos da escola de dança do organizador do evento que fazem aula de dança de forró o ano inteiro, bem como serve para estimular e aumentar o público das aulas dessa escola. Isso quer dizer que uma ação reforça a outra e é fundamental para movimentar a cena forrozeira na capital portuguesa e integrar público de diversos países que se inserem nesse circuito de festivais de forró.

 A participação da comitiva brasileira não apenas animou o Festival, mas qualificou a sua programação e foi muito bem recebida pelo público. Os participantes não apenas se interessaram pelos shows, mas se mostraram ávidos em conhecer a história do Forró. A avaliação foi positiva e foi demonstrada nas mais de 300 assinaturas colhidas para solicitar o reconhecimento de Patrimônio Cultural Mundial.

 Viva o Forró!

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