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Escola de Posturas

Projeto de extensão do Departamento de Fisioterapia
publicado: 28/03/2018 18h55, última modificação: 24/04/2018 11h46

28 anos atendendo a comunidade

A Escola de Posturas da UFPB é um projeto de extensão que atende pessoas com alterações posturais e dores na coluna. Surgiu em 1990, visando ajudar na orientação postural através de informações teórico-educativas, exercícios terapêuticos e relaxamento. Maria Claudia Gatto Cardia, professora de Fisioterapia na UFPB, fundou e coordena o projeto.

A ideia de Escola de Posturas surge na Suécia em 1969, denominada “Back School”. No Brasil, iniciou com o reumatologista brasileiro José Knoplich, na década de 70. Maria Claudia declara que teve a ideia de aplicar o projeto da Escola na UFPB, após contato com um artigo sobre a experiência brasileira da Escola de Posturas.

A Coordenadora do projeto relata ainda que a chegada dos professores Rogério Almeida e Myrna Bezerra, apenas dois meses depois da criação, foi essencial para o desenvolvimento da Escola: “Foi a partir da inclusão deles no projeto que nós começamos a desenvolver material próprio para atuação da Escola”. Atualmente, a equipe é formada por bolsistas e voluntários, além de colaboradores, como a docente Juerila Moreira e a fisioterapeuta Vânia Cristina Lucena.

Divulgação- Atendimento Escola de Posturas

Pode participar do projeto qualquer pessoa maior de 18 anos que apresente independência funcional para deitar e levantar do chão. Parte da clientela da Escola é encaminhada pela Clínica Escola de Fisioterapia da UFPB. “Como a procura para atendimento na clínica é maior que a capacidade, eles mandam os problemas menos complexos para cá”, observa a Coordenadora.

Maria Claudia explica que a metodologia utilizada é alternativa ao tratamento convencional. “Analgésico e anti-inflamatório são medicamentos que apenas aliviam a dor imediata, mas não trabalham o problema do desequilíbrio postural”, completa.

Além da comunidade, a Escola impacta também na vida dos discentes. O projeto subsidia pesquisas, além de preparar os bolsistas e voluntários para ações realizadas na atenção primária.

Uma das bolsistas do projeto, Islane Freire, estudante do 10º período de Fisioterapia, conta que o projeto oferece ao grupo a oportunidade de usar as habilidades aprendidas na teoria. Islane explica que sua participação no projeto começou em 2015, ainda como usuária, já que para participar da equipe, os estudantes precisam ter passado pela Escola como paciente. Ela observa que a experiência faz o futuro colaborador entender as dificuldades que o cliente pode enfrentar durante as aulas teóricas e os exercícios.

O grupo de bolsistas e voluntários é dividido em três estágios: o estágio auxiliar, no qual os alunos experimentam o programa na condição de paciente e observador; o estágio assistente, onde podem colaborar nos exercícios e na execução de parte do programa, com auxílio de supervisor; e o estágio facilitador, para aquele que já passou pelas outras etapas do projeto e pode dar aula sozinho.

Vânia Cristina Lucena, Fisioterapeuta na UFPB, é uma das colaboradoras do projeto e trabalha no apoio ao grupo, aconselhando alunos e supervisando. “Para mim é muito interessante acompanhar o crescimento dos alunos e vê-los atuando como profissionais nas clínicas e hospitais”, revela Vânia.

Coordenadoras - Escola de Posturas

Devido à experiência exitosa da Escola de Posturas na UFPB, em 2009, a coordenadora Maria Cláudia foi convidada a realizar ações na Universidade de Granada durante seis meses. Em 2015, ano de comemoração do seu 25º aniversário de atuação, o projeto recebeu reconhecimento da UFPB com a moção de aplauso do CONSUNI.

O projeto, que tem 28 anos de atuação, já realizou trabalhos em diversos espaços, como por exemplo, capacitação para Fisioterapeutas de outros estados; publicou ainda três manuais e produziu um CD.

Além de ser uma oportunidade para os alunos colocarem em prática o que é aprendido no curso de Fisioterapia, a Escola de Posturas enseja à comunidade o tratamento de um problema que atinge 80% da população, oferecendo gratuitamente atendimento de qualidade.

 

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