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Extensões em Medicina Veterinária
Projetos de extensão voltados para saúde animal realizados pelo Campus II da UFPB, em Areia.
Ações contribuem para melhorar diálogo e partilha de conhecimento entre estudantes e tutores de animais
“Uma das partes mais importantes da Medicina Veterinária é a relação com o tutor”, com essa fala a estudante Larissa Andrade comenta a importância dos projetos de extensão para a formação profissional dos estudantes. É essa conexão entre os extensionistas e a comunidade, proporcionada pelos projetos, que constrói o entendimento sobre a necessidade de um bom diálogo. “Cada tutor e produtor são únicos, cada um tem sua particularidade, mas só vamos aprender a quebrar a barreira entre médico e tutor, e fornecer uma informação relevante para todos eles com uma boa comunicação, para isso precisamos ter prática”.
A estudante participa do projeto “Promoção à Saúde de Equídeos”, vinculado ao Departamento de Ciências Veterinárias, do Centro de Ciências Agrárias (CCA - Campus II) da Universidade Federal da Paraíba. Segundo a coordenadora do projeto, Isabella Barros, a ideia do projeto é promover a integração entre alunos, professores, médicos e a comunidade em prol do bem-estar dos equídeos.
Assim como Larissa, que entrou no projeto desde o primeiro período do curso, a professora conta que outros calouros também fazem parte da extensão e por isso é possível acompanhar o desenvolvimento dos estudantes ao longo do projeto. “A principal mudança é a evolução técnica, eles conseguem chegar no final [do curso] bem mais preparados, mas também há a evolução pessoal, porque eles conseguem driblar as adversidades para trabalhar em equipe e aprendem a se comunicar nas mais diversas linguagens”, comenta.
É o que tem acontecido com Aline Martins, aluna do quinto período de Medicina Veterinária, que também participa de projetos de extensão desde que ingressou na graduação e afirma que eles ajudaram a aprimorar competências para sua formação. “Os projetos de extensão são oportunidades para os discentes crescerem como indivíduos e aperfeiçoar habilidades”, explica.
Atualmente, ela é bolsista do projeto de extensão “Medica-cão”, associado ao Departamento de Ciências Veterinárias e coordenado pela professora Anne Evelyne Franco. O projeto baseia-se em levar às pessoas informações sobre os cuidados com os seus animais, principalmente sobre os riscos do uso indiscriminado de medicamentos. “Amplio os conhecimentos não somente em relação à Medicina Veterinária, mas também sobre liderança, trabalho em equipe e manejo de mídias sociais para divulgação de informações”, expõe a estudante.
Formação cidadã dos estudantes
Para Larissa, bolsista do projeto “Promoção à Saúde de Equídeos”, os casos acompanhados, o conhecimento compartilhado por profissionais e o diálogo com os tutores lapidaram não só sua formação profissional, mas também humana. Ela cita uma experiência em especial, onde pôde acompanhar a preocupação da tutora com sua cabra e como ela fez de tudo para salvar a fêmea e seus filhotes. “Pensei ‘será que estou me empenhando tanto quanto essa tutora para promover o melhor atendimento?’ Essa tutora foi um grande exemplo pra mim”, relembra a estudante.
Maria do Carmo Sales se formou em 2018 e, ao longo do curso superior, fez parte de três projetos de extensão, sendo um deles coordenado pela professora Isabella Barros. Hoje, enquanto doutoranda, relata que a maior contribuição que os projetos forneceram para ela, do ponto de vista cidadão, foi a troca de conhecimentos com os produtores e proprietários dos animais.
“Eles repassam conhecimentos da lida diária com o animal pra gente. Então é uma troca de conhecimento mútua que a gente tem entre os produtores e os profissionais”, conta.
Ela defende que os alunos da graduação passem pela experiência de fazer parte da extensão universitária. “Hoje em dia, eu considero que se eu não tivesse entrado em projetos de extensão minha formação superior não teria sido como ela foi. Eu tive acesso a grandes profissionais e professoras muito dedicadas que tinham muito conhecimento nas suas áreas. Então, eu recomendo a qualquer aluno de graduação, a participar dos projetos de extensão”, finaliza.
Reportagem de Aléssia Guedes (Bolsista PROEX 2021), editada por Comunicação PROEX.