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Pessoas com HIV devem aderir à campanha de vacinação contra a Influenza
Campanha Nacional de Vacinação pretende atingir todo público-prioritário, respeitando algumas contraindicações
Durante a abertura da Semana de Vacinação das Américas, que ocorreu em Cuiabá (MT), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, fez o lançamento da segunda fase da Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza.
A partir deste marco, os postos de vacinação estarão recebendo todo o público-prioritário da campanha, incluindo pessoas que vivem com HIV (PVHIV). A vacinação deste grupo pode ser realizada em qualquer unidade de saúde. No entanto, mantém-se a necessidade de prescrição médica especificando o motivo da indicação da vacina, que deverá ser apresentada no ato da vacinação.
Além das pessoas portadoras de doenças crônicas e outras categorias de risco clínico devem receber a vacina crianças, gestantes, trabalhadores de saúde; povos indígenas; puérperas (mulheres até 45 após o parto); idosos (a partir dos 60 anos); professores, população privada de liberdade, incluindo adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, funcionários do sistema prisional e profissionais das forças de segurança e salvamento. A meta é vacinar até 31 de maio pelo menos 90% de cada um dos grupos prioritários, ou seja, aproximadamente 59,5 milhões de pessoas.
Pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do Sistema Único de Saúde (SUS) devem se dirigir aos postos que estão cadastrados para receberem a vacina. Caso o local de atendimento onde são atendidos regularmente não tenha um posto de vacinação, os usuários devem buscar a prescrição médica na próxima consulta que estiver agendada, visando garantir esse documento com antecedência, para evitar filas no período da vacinação.
Já pacientes que são atendidos na rede privada ou conveniada, também devem buscar a prescrição médica com antecedência, junto ao seu médico assistente, devendo apresentá-la nos postos de vacinação durante a realização da campanha de vacinação.
A apresentação da prescrição médica será obrigatória para o grupo de comorbidade, durante a campanha.
POR QUE VACINAR
A imunização de pessoas que vivem com o vírus HIV é fundamental para a prevenção de infecções oportunistas e para a manutenção da saúde. No entanto, muitos ainda têm dúvidas sobre a segurança e a eficiência das vacinas para esse grupo.
Os médicos defendem que as vantagens superam os riscos e que a vacina para pessoas com HIV é essencial para garantir a qualidade de vida. As vacinas são produzidas a partir de componentes do próprio agente agressor ou de um agente semelhante para que o organismo “aprenda” a combater essa ameaça.
Por causa da imunossupressão, os soropositivos podem apresentar respostas menos eficientes a essas substâncias ou sofrer com efeitos colaterais mais fortes. Por isso, é importante que o médico faça uma avaliação prévia, respeitando a particularidade de cada caso e de cada vacina.
Ele deve considerar a contagem das células CD4, que são linfócitos que combatem as infecções e são peças-chave do sistema imunológico.
CONTRAINDICAÇÕES
O Ministério da Saúde ainda aponta que, de acordo com a orientação do Manual dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) a vacinação contra Influenza deve ocorrer a partir dos 6 meses de idade e repetida em dose única anual, levando em conta a sazonalidade da infecção.
Neste caso, será utilizada meia dose (0,25 ml) até 36 meses de idade e, após essa idade, 0,5 ml. As crianças com menos de 9 anos de idade, ao receberem a vacina pela primeira vez, requerem duas doses, com intervalo de 4 a 6 semanas. Também é necessário observar a orientação do Ministério da Saúde para uso dessa vacina.
A única contraindicação para a vacina é se a criança está com idade inferior a seis meses.
Para a população em geral, algumas precauções devem ser observadas:
- No caso de doenças febris agudas, moderadas ou graves, recomenda-se adiar a vacinação até a resolução do quadro, com o intuito de não se atribuir à vacina as manifestações da doença;
- Se houver histórico de alergia a ovo, as pessoas que após ingestão deste alimento apresentaram apenas urticária, podem receber a vacina influenza, sem qualquer cuidado especial;
- Para as pessoas que, após ingestão de ovo, apresentaram outros sinais de anafilaxia (angioedema, desconforto respiratório ou vômitos repetidos), recomenda-se administrar a vacina em ambiente adequado (atendimento de urgência e emergência) para tratar manifestações alérgicas graves. A vacinação deve ser supervisionada por um profissional de saúde que seja capaz de reconhecer e atender as condições alérgicas graves
- Em caso de história de anafilaxia em doses anteriores a componentes da vacina, recomenda-se realizar avaliação médica criteriosa sobre benefício e risco da vacina antes da administração de uma nova dose e se indicada realizar o procedimento sob observação.
De acordo com o Ministério, 41,8 mil postos de vacinação estão à disposição da população. Além disso, 196,5 mil profissionais estão envolvidos, com a utilização de 21,5 mil veículos terrestres, marítimos e fluviais.