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Departamento de Saúde, incluí tuberculose e Hanseníase como agravo da Aids

publicado: 08/04/2019 14h02, última modificação: 08/04/2019 14h02

O secretário de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde, Wanderson Kleber de Oliveira, anunciou, na última quarta-feira (3), durante reunião com os coordenadores de Programas Estaduais e Municipais de IST, HIV/aids e Hepatites Virais, em Brasília, que a tuberculose e hanseníase serão incluídas no rol de agravos de responsabilidade do Departamento de IST, Aids e Hepatites Virais. “Temos a necessidade de mudar o nosso olhar nas ações em saúde. É preciso olhar para o território. Não queremos apenas discutir tecnicamente, mas também verificar a realidade do território, os problemas e a carência de cada região”, disse na abertura do evento.

Wanderson também destacou a preocupação com as hepatites e outras IST. “Nas hepatites virais, vamos agilizar a regulação da distribuição de medicamentos. Para sífilis precisamos discutir com os gestores estratégias mais incisivas para a detecção da doença, vamos melhorar os indicadores”.

Para o secretário, é preciso repensar a Secretaria a partir de propostas conjuntas. “Desde janeiro estamos discutindo com diretores e coordenadores propostas de uma nova estrutura e resgatando processos que serão implantados ao longo dos próximos anos”.

O diretor do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais, Gerson Pereira, apresentou as cinco prioridades para a resposta ao HIV/aids, hepatites virais e sífilis para os anos de 2019 e 2020. São elas: a redução da mortalidade das pessoas vivendo com HIV; redução das hepatites virais com foco na hepatite C; redução da sífilis, da hepatite B e a eliminação da transmissão vertical do HIV; ampliação do acesso às ações de prevenção e atenção à saúde em IST, HIV/aids e hepatites virais; e a redução dos casos de sífilis adquirida. Gerson Pereira reforçou a proposta de territorialização no atendimento à saúde. “Definindo prioridades, iremos aos locais discutir as necessidades e induzir para que as ações possam estar nos estados e municípios”.

Para o diretor, as prioridades não devem se restringir ao âmbito da Secretaria de Vigilância em Saúde. “Propomos que essas cinco prioridades sejam colocadas nos planos de estados e municípios”.

Denise Arakaki, diretora substituta do Departamento, defendeu a mudança na estrutura da secretaria, com a inclusão da tuberculose entre os objetivos do Departamento. “A tuberculose e a hanseníase nos ensinam a fazer atenção básica. Com a incorporação, a gente pode aproveitar a posição do Departamento para melhorar a resposta a esses dois agravos assim como já é feito para às IST, HIV/aids e hepatites virais”, disse.

Expansão da PrEP

A expansão da distribuição da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) em todo o país é uma das metas da SVS a partir de 2019. “Vamos nos esforçar para duplicar e, quem sabe, até triplicar o atendimento de PrEP no Brasil”, afirmou o Secretário.

Também participaram da reunião o técnico Ivo Brito, que falou sobre o “Projeto Sífilis Não”, Glaucio Mosimann, que mostrou o “Plano de Enfrentamento das Hepatites Virais” e a Dra. Célia Landman, da Fiocruz, que apresentou “Resultados do Estudo de Incidência do HIV”.

 

Fonte: Departamento de IST, Aids e Hepatites Virais