TV UFPB realiza lançamento da minissérie O Sumiço de Santo Antônio

A TV UFPB, canal de televisão da Universidade Federal da Paraíba, realiza, no próximo dia 10, o evento de lançamento da Minissérie “O Sumiço de Santo Antônio”, produção ficcional gravada totalmente em terras paraibanas. O evento de lançamento ocorre a partir das 19h, no auditório da Reitoria, localizado no Campus I, em João Pessoa. A solenidade de lançamento será aberta pelo Reitor da UFPB, Prof. Valdiney Gouveia.

Em comemoração aos festejos juninos tão tradicionais no Estado, a minissérie “O Sumiço de Santo Antônio” irá ao ar no Canal 43.1 da TV UFPB, afiliada da TV Brasil, a partir do dia 13 de junho, data em que se comemora o dia do santo popularmente conhecido como casamenteiro. Os 06 episódios da minissérie serão exibidos de segunda a sexta-feira, às 11h30.

“Promover arte e cultura também é compromisso de nossa Universidade. Formamos centenas de profissionais, reunindo pessoas e recursos que se concretizam em produções como esta. Estamos de parabéns, sobretudo os servidores da nossa TV UFPB”, afirmou o Reitor Valdiney Gouveia.

Dirigida por Cely Farias e Valeska Picado, diretoras de Artes Cênicas da UFPB, e com a direção de fotografia de Niutildes Batista, também servidor da Instituição, a série foi gravada entre os anos de 2017 e 2019 nas cidades de Areia, Cabedelo, Conde, Duas Estradas e João Pessoa. E conta a história da pacata cidade fictícia de Vila Pequena, que por ter Santo Antônio como Padroeiro, também é conhecida como “Cidade do Amor”. 

Na trama, a cidade se prepara para o momento mais importante do ano, as festividades do santo padroeiro, quando ocorre o primeiro crime registrado na delegacia local, o desaparecimento da imagem do santo, o que faz o Padre Francisco cancelar não somente a festa como também o casamento do Coronel Apolinário com Linda Rosa, a filha do prefeito. Tudo resulta em uma investigação minuciosa e muita movimentação nas vidas dos moradores do pequeno município.

A história une mistério, romance e humor no retrato da cultura nordestina. A produção contou com a participação de quase 200 pessoas, entre atores, figuração, produtores, e responsáveis técnicos, dentre eles reconhecidos nomes do teatro e do cinema regional e nacional, e alguns desses nomes já confirmaram presença no evento de lançamento da minissérie, como Zezita Mattos, atriz da produção e representante da Academia Paraibana de Cinema; Everaldo Vasconcelos, Edilson Alves, Osvaldo Travassos, Rosa Carlos, Mônica Macedo, Margarida Santos, dentre outros.

No evento de lançamento o público presente poderá acompanhar a exibição de trechos dos capítulos. Para Cely Farias, a produção é um grande marco na teledramaturgia paraibana, que há muito tempo não tem uma produção de grande porte exibida na TV. Diante da qualidade do material a TV UFPB está realizando os contatos junto à TV Brasil para viabilizar uma posterior exibição da minissérie em âmbito nacional.

“Vai ser maravilhoso poder compartilhar desse momento e celebrar, finalmente, o lançamento desse trabalho que teve tanta gente envolvida, que foi fruto de tanta dedicação e de muito afeto também, porque acho que nas artes cênicas, no teatro, há essa característica de existir somente em coletivo. E todo esse espírito de coletividade, de colaboração, que foi essencial para que tudo pudesse acontecer. A contribuição voluntária de todas as pessoas que participaram foi o que fez o projeto ganhar força e chegar, assim, a ser concluído”, disse Cely Farias.

O Superintendente de Comunicação Social da UFPB, George Diniz, acredita que a minissérie é um marco para a televisão universitária do Brasil. "É uma ousadia incrível! Pela complexidade, esse tipo de realização é um desafio enorme para uma TV Universitária.  Demandou um esforço incomum, baseado numa rede de solidariedade notável, mas, sobretudo, no talento dos profissionais envolvidos no projeto. Certamente será um marco no âmbito da televisão universitária no Brasil. E terá sido feito aqui na Paraíba, na UFPB, materializando numa deliciosa comédia, uma das histórias mais tradicionais da nossa cultura nordestina”, explicou o gestor.

Sobre a exibição de “O Sumiço de Santo Antônio” na TV aberta, a Diretora Valeska Picado acredita que o público paraibano ficará surpreso com a qualidade do produto e poderá ver que a TV UFPB também é capaz de produzir minisséries. “Me sinto muito honrada em fazer parte deste marco cultural. O Sumiço de Santo Antônio é um produto que define uma nova era na teledramaturgia universitária.  Foi uma grande escola para todos que participaram. O processo metodológico é baseado na extensão, mas também contribuiu para o ensino e, certamente, será material para muitas pesquisas acadêmicas”, disse Valeska.

Produção

A produção é resultado do projeto de extensão “Experiências Criativas na TV”, que ofereceu oficinas de atuação, direção, fotografia, som, continuidade, figurino, direção de arte, maquiagem e produção para o público interno e externo à Universidade.

Como atividade prática da oficina, os participantes tiveram a oportunidade de vivenciar as gravações, desempenhando funções técnicas ou mesmo atuando, ao lado de profissionais da TV UFPB e grandes nomes do Audiovisual Paraibano. Assim, estudantes dos cursos de Teatro, Cinema, Radialismo e Mídias Digitais da UFPB tiveram a oportunidade de vivenciar as rotinas de pré-produção, produção e pós-produção da série.

A produção contou com mais de 50 apoiadores culturais, dentre grupos de teatro, instituições culturais, espaços de arte, núcleos e setores da própria UFPB, dentre outros, o que viabilizou grande parte dos locais de gravação e objetos de cena.

“Todos os profissionais e estudantes envolvidos, realizaram um trabalho de excelência e como sempre dizíamos nos bastidores, tudo feito pela Milagres Produções, pois este projeto não obteve nenhum tipo de financiamento. Foi um "junta panela cinematográfico". Uns traziam figurino, outros um lanchinho, houve os que abriram suas portas e aqueles que emprestaram seus pertences”, contou Valeska Picado.

Para a Diretora Cely Farias, é importante poder valorizar, por meio da televisão, os artistas locais e proporcionar espaço para experimentação aos alunos da Universidade na TV UFPB. Ela considera a realização de uma produção do porte de “O Sumiço de Santo Antônio” uma ousadia, por ser uma produção que durou bastante tempo e passou por dificuldades técnicas e rotatividade de participantes.

Segundo Cely, foi uma satisfação, enquanto servidora da UFPB, realizar uma minissérie. “É uma sensação de dever cumprido. É olhar para o meu trabalho e perceber que ele faz sentido, que existe um valor no que a gente faz e perceber o que nós somos. Nós temos essa missão, de ser veículo, de ser ferramenta, de ser caminho, ser acesso, tanto para quem quer fazer, quanto para que as pessoas possam ver o que é feito. Então, é um grande prazer mesmo e uma emoção gigantesca de poder ver esse projeto concluído e indo ao ar com tanta gente boa com tanta qualidade”, concluiu Cely Farias.

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Reportagem: Elidiane Poquiviqui

Edição: Aline Lins