A Escola de Postura da UFPB está com inscrições abertas para atendimento gratuito a pessoas com dores na coluna

Uma postura correta é essencial para a saúde. Sentar de qualquer maneira para estudar, trabalhar e até mesmo dormir na posição incorreta pode ser a causa de dores ou lesões na coluna. Para atender pessoas com alterações posturais e dores na coluna, a Escola de Postura, projeto de extensão da Universidade Federal da Paraíba, abre inscrições para uma nova turma de pacientes.

O atendimento é gratuito, direcionado para   o público em geral, e é realizado por docentes e estudantes do Departamento de Fisioterapia da UFPB. As inscrições dos interessados podem ser realizadas online por formulário eletrônico disponível em: forms.gle/D9XnQ1oLh1jsRWhq8. Estão disponíveis 12 vagas para atendimento, e as inscrições seguem abertas até 09 de março.

Todos os inscritos serão convidados para uma avaliação na qual serão observados nível de dor, flexibilidade da coluna, força muscular entre outros aspectos. Os usuários, entre 18 e 60 anos de idade, serão selecionados pelos critérios de disponibilidade para participar de todas as atividades.

O foco do projeto é educar e promover terapias focadas na postura, desenvolvimento de bons hábitos posturais, redução de dor e controle de fatores desencadeadores de patologias da coluna. As sessões ocorrerão às sextas-feiras, no período da tarde, na sala de Exercícios Terapêuticos do curso de Fisioterapia, localizada no bloco Arnaldo Tavares, do Centro de Ciências da Saúde (CCS), próximo à clínica escola de Fisioterapia, no Campus I.

De acordo com a coordenadora da Escola de Posturas, Profa. Elamara Marama Vieira, do CCS, os pacientes selecionados passarão por 10 sessões em grupo, nas quais serão trabalhados temas específicos a cada encontro, como dor na coluna, orientações para o trabalho, estresse e ansiedade, sono, entre outros. Todos esses temas são reconhecidamente fatores que interferem na postura e automaticamente podem ser fatores desencadeantes de distúrbios da coluna.

“Em cada sessão fazemos um momento educativo em que o usuário é orientado sobre como administrar aquele dado aspecto para melhorar a postura e evitar problemas de coluna, realizamos também sequências de exercícios auto administrados e séries de relaxamento guiada. O foco principal do projeto é promover a autonomia e autoconsciência corporal”, disse a docente.

Nas sessões, todas as terapias serão guiadas e os usuários vão aprender a realizar exercícios com foco na flexibilidade, melhoria da mobilidade e autoconsciência corporal.

A dor na coluna é um dos problemas mais frequentes no mundo. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que cerca 80% da população já teve ou vivenciará episódios de dor na coluna ao longo da vida, enquanto no Brasil trata-se de umas das principais causas de afastamento do trabalho.

A coordenadora do projeto avalia que o fato de que, diariamente, grande parte da população realiza atividades laborais e recreativas por meio de telas e dispositivos, aumenta o período de tempo em que as pessoas permanecem sentadas, e tanto essa permanência como a realização de trabalhos braçais podem igualmente sobrecarregar as estruturas da coluna, trazendo um ciclo vicioso de dor, postura antálgica, redução de flexibilidade e da maleabilidade.

“Quebrar esse ciclo com educação em saúde e estímulo à prática de atividades que melhorem a postura e a autoconsciência corporal é, ao mesmo tempo, promover melhoria na qualidade do trabalho executado, seja o usuário acadêmico ou profissional da instituição, e melhoria da qualidade de vida”, complementa Elamara Vieira.

Sobre a Escola de Posturas

A escola de Posturas foi idealizada, há mais de 30 anos, pela Profa. Maria Cláudia Gatto, aposentada da UFPB. Atualmente, a equipe é composta por 14 discentes entre o 4º e 10º período do curso de Fisioterapia, além de três professores do Departamento de Fisioterapia. Conta ainda com a colaboração de uma professora da Universidade Federal do Amapá.

Durante os anos de atuação, a Escola de Posturas já atendeu pessoas com dores lombares crônicas inespecíficas, pessoas com dificuldade de mobilidade de coluna, com diagnósticos de hérnias discais estáveis, pessoas com redução significativa de flexibilidade de coluna, pessoas com grande tensão em músculos de coluna, dentre outros.

Além da comunidade, a Escola impacta também na vida dos discentes. O projeto subsidia pesquisas, além de preparar os bolsistas e voluntários para ações realizadas na atenção primária. Outras informações sobre a Escola de Posturas podem ser conferidas no perfil de Instagram do Projeto @escoladeposturasufpb.

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Reportagem: Elidiane Poquiviqui
Edição: Aline Lins
Foto: Divulgação