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PB só perde para o Saara em condições de explorar energia solar, mas não avança, alerta pesquisador da UFPB

publicado: 26/07/2019 18h34, última modificação: 26/07/2019 18h37
Estado produz apenas 5% da energia fotovoltaica no Nordeste. Crédito: Divulgação

Estado produz apenas 5% da energia fotovoltaica no Nordeste. Crédito: Divulgação

O pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia da Produção (PPGEP) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Rafael Cavalcante aponta que atraso da Paraíba para exploração da energia solar. Segundo o especialista, em condições favoráveis, o Estado só perde para o deserto do Saara, no continente africano, com 5,7KWh m²/dia.

Entre os principais desafios identificados para a utilização do sistema fotovoltaico na Paraíba, estão o alto custo do capital inicial e falta de políticas governamentais adequadas e de compromisso político em promover informações à população.

“Apesar da abundância de silício, matéria-prima utilizada na construção das placas solares, dos altos níveis de insolação principalmente na Região Nordeste e dos custos para implantação dos sistemas fotovoltaicos terem reduzido em todo o Brasil, esses fatores ainda continuam sendo empecilhos”, avalia Cavalcante.

A carência de instituições financeiras que apoiem as fontes renováveis de energia e o excesso de burocracia e de impostos e o acesso restrito à tecnologia também foram constatados na pesquisa como barreiras.

“É preciso investir em programas informativos sobre a tecnologia, políticas de incentivos e ter um compromisso firme do Estado com as metas traçadas para se alcançar resultados significativos”, defende o pesquisador.

Cavalcante também destaca a vantagem econômica da energia fotovoltaica sobre a de hidrelétrica, que gera hoje cerca de 60% do que o país consome. “Por depender dos níveis de chuva, a geração de energia das hidrelétricas pode ser reduzida durante períodos de longa estiagem”.

Bruna Ferreira | Ascom/UFPB