Você está aqui: Página Inicial > Contents > Notícias > Pesquisa da UFPB indica falta de empatia nos adolescentes
conteúdo

Notícias

Pesquisa da UFPB indica falta de empatia nos adolescentes

Défice pode resultar em dificuldades de interação social
publicado: 18/11/2019 19h45, última modificação: 20/11/2019 17h21
Estudo foi premiado no Seminário Internacional de Habilidades Sociais, no Maranhão. Crédito: Divulgação

Estudo foi premiado no Seminário Internacional de Habilidades Sociais, no Maranhão. Crédito: Divulgação

Pesquisa desenvolvida pela estudante de Psicologia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Giselle Pessoa, sob a orientação da professora Shirley Simeão, especializada em terapia cognitivo-comportamental, indica falta de empatia nos adolescentes. O estudo foi premiado no Seminário Internacional de Habilidades Sociais, no início deste mês, em São Luís, no Maranhão.

De acordo com a pesquisa, 42,6% dos jovens apontam déficit de empatia e 31,1% mostraram ter alguma dificuldade no desenvolvimento de relações afetivas. A insuficiência nesses aspectos cognitivos e afetivos, segundo as pesquisadoras, pode resultar em dificuldades de interação social.

“A empatia é uma habilidade muito requerida no contexto da adolescência, envolvendo comportamentos como respeitar as diferenças, saber ouvir, lidar com o outro, que caracterizam um desafio próprio do que é exigido nessa fase”, explica a estudante.

A princípio, os jovens foram submetidos a uma avaliação individual, através de entrevistas. Também foi aplicado o Inventário de Habilidades Sociais para Adolescentes (IHSA), instrumento capaz de atestar o desenvolvimento social e emocional desse grupo social.

Após constatar os altos índices, as pesquisadoras sugerem a utilização de programas de intervenção, que consistem na capacitação de habilidades sociais por meio de práticas pedagógicas.

A intervenção é justamente a proposta do projeto de extensão da dupla, o Programa Interações, que tem o intuito de desenvolver manifestações de desejos, de sentimentos e de atitudes no âmbito social, familiar e profissional. "As intervenções são feitas em grupo, por métodos vivenciais”, destaca Giselle Pessoa.

As pesquisadoras chegaram a esta conclusão a partir da análise do comportamento e do relacionamento interpessoal de 61 adolescentes, 30 do sexo masculino e 31 do feminino, residentes em João Pessoa e com idade de até 13 anos. O projeto de pesquisa e de extensão teve sua primeira edição em 2017. Desde então, tem sido aperfeiçoado.

Carlos Germano | Ascom/UFPB