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Pesquisadores da UFPB desenvolvem software para melhorar gestão de hospitais

Programa evita improvisação no atendimento e congestionamento da rede de saúde
publicado: 11/11/2020 23h34, última modificação: 11/11/2020 23h39
Por meio do software, é possível aceitar, rejeitar, reencaminhar ou remarcar atendimento para um paciente. O programa também facilita o cumprimento de todos os protocolos clínicos. Crédito: Autor desconhecido

Por meio do software, é possível aceitar, rejeitar, reencaminhar ou remarcar atendimento para um paciente. O programa também facilita o cumprimento de todos os protocolos clínicos. Crédito: Autor desconhecido

Uma pesquisa desenvolvida pelo Departamento de Estatística da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) resultou na criação de um sistema de apoio à decisão espacial para o acesso ao atendimento de condições crônicas, a fim de auxiliar a gestão hospitalar na tomada de decisão no atendimento de pacientes. 

Um dos inventores do produto, a enfermeira Malu Micilly explica que o sistema foi desenvolvido, inicialmente, para o atendimento de crianças e adolescentes no serviço de pediatria do Hospital Universitário da UFPB, no campus I, em João Pessoa. 

A unidade de saúde é referência estadual no atendimento de condições crônicas, como cardiopatia, epilepsia e autismo. No entanto, o programa de computador pode ser adaptado para qualquer faixa etária. 

O software é adequado para a fase inicial do atendimento de um paciente no hospital, que é o acolhimento. O uso do sistema ajuda o gestor hospitalar porque ele terá a certeza de estar seguindo todos os protocolos clínicos estabelecidos. 

“Por meio do software, é possível aceitar, rejeitar, reencaminhar ou remarcar atendimento para um paciente. Essas são as opções que o sistema oferece ao gestor”, explica Micilly. 

Ainda segundo a inventora, o uso de um software baseado em protocolos clínicos hospitalares – no caso, os determinados pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que administra o Hospital Universitário da UFPB – evitaria a improvisação no acesso ao atendimento, o que pode provocar congestionamento em algum ponto da rede de atenção à saúde. 

Essa obstrução pode impedir, muitas vezes, que outros pacientes usufruam da rede de saúde de forma adequada. A tomada de decisão do gestor é espacial porque leva em conta a componente geográfica, a localização do paciente com condição crônica no momento do atendimento. 

A UFPB já detém os direitos de titularidade que permitem o licenciamento e a comercialização do sistema, que também tem como um dos inventores o professor Ronei Marcos de Moraes, coordenador do Laboratório de Estatística Aplicada ao Processamento de Imagens e Geoprocessamento, do Departamento de Estatística. 

Segundo ele, as discussões sobre o licenciamento gratuito do programa para o Hospital Universitário da UFPB foram interrompidas devido à pandemia da covid-19 e serão retomadas no futuro, ainda sem data prevista.

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Reportagem: Milena Dantas | Edição: Pedro Paz
Ascom/UFPB