COVID-19

Linhas de atuação:

Modelo SIR - Previsão do pico da curva de contágio

As previsões realizadas para o Estado da Paraíba e para o município de João Pessoa foram realizadas com base no modelo epidemiológico SIR (Susceptíveis – Infectados – Recuperados). O modelo SIR foi desenvolvido por Kermack e McKendrick (1927) para explicar a evolução de epidemias contagiosas, para isso, a população é em: Susceptíveis (S), Infectados (I), e Recuperados (R) – pessoas que já contraíram a doença e desenvolveram anticorpos ou pessoas que morreram por consequência da doença. Neste modelo são feitas as suposições de que: 

• A população é constante, com isso, não é levado em consideração os nascimentos e as mortes durante a epidemia;

• Os indivíduos são igualmente susceptíveis à doença;

• Os indivíduos ficam imunes após com uma única infecção.

O modelo SIR também apresenta algumas características que devem ser expostas, como:

•  O número de vezes que um indivíduo entra em contato com outros indivíduos em uma unidade de tempo é definido como a taxa de contato;

•  O modelo leva em consideração a maneira como os indivíduos de uma comunidade estão interagindo entre si;

• O modelo também leva em consideração a capacidade de infectividade do vírus.

A modelagem segue a seguinte lógica:  Nt = St + It + Rt . Em que:

• Nt é a população total;

•  St representa os suscetíveis, portanto todos aqueles que ainda não contraíram o vírus;

•  It são os infectados;

•  Rt são os recuperados.

 Dadas as características e as hipóteses do modelo, chegamos as seguintes equações diferenciais:

Dadas as características do modelo SIR, pode-se apresentar o modo de parametrização deste:

A estimação dos parâmetros para a Paraíba e João Pessoa foram feitas a partir de uma análise do comportamento da evolução real do COVID-19, estimando pela função de otimização do método Limited-memory BFGS-B. Os resultados desta análise são reportados abaixo:

Aplicação web  os dados sobre o COVID-19

O primeiro ponto que precisa ser enfatizado nesse campo é o processo de construção da bases de dados. No nosso caso, esse é feito diretamente nas informações disponibilizadas pela Secretaria de Saúde do Estado da Paraíba (SES), nos Boletins Epidemiológicos e nas atualizações do COVID-19, ambos disponíveis no sítio eletrônico da SES. Para os dados de confirmados, óbitos e recuperados, é criado uma planilha eletrônica com os campos - data, cidade, confirmados, óbitos, recuperados e novos casos. Dessa forma, os dados ficam dispostos em painel e armazenados em repositório na nuvem.

Em relação a base de dados do perfil dos óbitos, as informações vêm descritas no corpo dos textos das atualizações COVID-19, os campos dessas base de dados são categorizados da seguinte forma: data início - que pode ser dos sintomas ou da procura ao atendimento médico, data óbito, cidade, gênero, idade, diabetes, hipertenso, cardíaco, tabagismo, profissional de saúde, comorbidade e fonte. Os campos diabetes, hipertenso, cardíaco, tabagismo, profissional de saúde e comorbidade são dummies, em que 0 representa não e 1 sim.

Vale ressaltar que o campo de comorbidade é automaticamente preenchido com 1 caso qualquer uma das outras comorbidades especificamente categorizadas também possuam o valor de 1. Entretanto, criar um campo para cada comorbidade específica tornaria a base de dados confusa e ineficiente, doravante, apenas as mais comuns são individualizadas. O campo fonte é o link da atualização COVID-19 da SES.

Isolamento Social

Utilizando a Google Mobility Dataset (base de dados da geolocalização dos aparelhos de sistema Android),  é feita uma análise exploratória dos dados, onde é possível  elaborar gráficos para a visualização desses dados e efetuar descrições estatísticas. possibilitando  a monitoração da variação do isolamento social a partir dos seguintes  setores:

• Lojas e ambientes de recreação; 

• Mercados e farmácias;

• Parques;

• Vias de trânsito;

• Ambientes de trabalho;

• Residências.

Análise de redes sociais e análise de sentimentos 

Uma das vertentes do LABIMEC é o monitoramento das redes sociais, a literatura defende a sua utilização como uma fonte geradora de dados e indicadores de comportamento social. O Twitter, atualmente é um instrumento que possibilita o acompanhamento em tempo real de reações e que permite aos pesquisadores estudar o padrão de comportamento de usuários em diversas partes do mundo relacionados a tópicos distintos. Inicialmente é feito o mapeamento de tweets relacionado a #COVID-19  em todo o mundo para entender melhor a  discussão e posteriormente essas análises se tornam mais direcionadas a alguns países, regiões e Estados.

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